sábado, 2 de outubro de 2010

uma parte que não tinha

chega fazendo silêncio, senta aqui ao meu lado, me abraça e me diz apenas com um olhar que entende tudo que eu penso em dizer, demonstre que quer a minha presença, e diga que eu te transmito a paz que você esta me fazendo sentir, ai você pode dar aquele sorriso bobo, e ficar por todo o resto do tempo comigo nos braços, me protegendo de mim, e me sugando para você.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

we never promised

Incrível, mas hoje eu queria um amor, sim, um amor daqueles de gelar a barriga, de sorrir por bobagem e de discar o número apenas para ouvir o som da voz, desligar logo em seguida, sorrindo feito boba, com um ar da felicidade de criança que acaba de aprontar uma travessura. Um amor simples, sem presentes, e com presença. Daquele que no fim do dia um abraço retirava todo o cansaço, as brincadeiras simples traziam tanta alegria, e o choro nos olhos era uma forma de alívio se estivessem sendo enxutos por aquelas mãos que te seguravam com tanta certeza. Eu queria deitar no colo dele, como criança sem morada alguma e de repente abrir os olhos e ver ele me olhando como se toda a alegria estivesse ali, nos braços dele. Eu queria algo simples, algo bobo, algo estável... Podia até haver uma briga, uma briga feia, daquela em que os dois gritam e em menos de 24 horas estão com tanto medo de perder um ao outro que ao se ver apenas se abraçam e desejam a presença que foi perdida em minutos.(...) Eu queria antes de um amor, aprender a esquecer, esquecer qualquer traço que me faça lembrar o que é um amor, para poder recomeçar, sem saudade de todos esses pequenos pontos que me fazem querer um amor... Que me fazem querer aquele amor, o meu amor.                                            
                                                             
p.s. ultimamente eu sinto ódio de mim, de te querer, de relembrar, de escrever para você. Qualquer dia, eu vou matar esse amor, esquecer... Não esta dando certo! Ando procurando uma saída, e se eu achar, algo vai ser trágico, ou mágico. Estou torcendo para que morram todas as lembranças e que as vozes que me trazem você se calem... Para sempre. Afinal, nós não fomos para sempre, por que o que eu sinto há de ser?


Uma dica

" Para curar uma dor de amor, digam o que quiserem, só conheço um remédio: um amor novinho em folha. Enquanto nosso coração não encontrar outro pretendente, ficaremos cultivando o velho amor, alimentando-o diariamente, sofrendo por ele e, no fundo, bem no fundinho, felizes por ter para quem dedicar nossos ais e nossa insônia. A gente só enterra mesmo o defunto quando outra pessoa surge para ocupar o posto. Se isso lhe parece uma teoria simplista, toque aqui. É simplista sim. Isso de enterrar o defunto do dia pra noite só funciona quando o defunto era apenas uma paixonite, um entusiasmo, fogo de palha. Porém, se era algo realmente profundo, um sentimento maduro, aí o efeito do novo amor pode revelar-se um belo tiro pela culatra. Ele acabará servindo apenas para dar a você a total certeza de que aquele amor anterior era realmente um bem durável. E a dor voltará redobrada. Um beijo que deveria inaugurar uma nova fase em sua vida pode trazer à tona lembranças fortes do passado, e nem é preciso comparar os beijos, apenas as sensações provocadas. Quem já vivenciou isso sabe o constrangimento que é beijar alguém e morrer de saudades do antecessor. Um novo amor pode transformar o que era opaco em transparência: você não sabia exatamente o que sentia pelo ex, se era amor ou não, então surge outra pessoa e você descobre que sim, era amor, caso contrário não sentiria esse abandono, essa perturbação, essa forte impressão de que está fazendo uma tentativa inútil, de que não conseguirá ir adiante. Mas o que fazer? Encarar uma vida monástica, celibatária? Nada disso. Viva as tentativas inúteis! Uma, duas, três, até que alguma delas consiga superar de vez a inquietação do passado, que venha realmente inaugurar uma nova fase em sua agenda amorosa, que deixe você tranqüilo em relação ao que viveu e ao que deve viver daqui pra frente. No entanto, quanto mais escrevo, mais me dou conta de que não há fórmula que dê garantia para nossas atitudes, de que não há pessoa neste mundo que não possa nos surpreender, de que tudo o que vivemos são tentativas, e que inútil, inútil mesmo, nenhuma é."