terça-feira, 1 de novembro de 2011

Para a doce, Kethy

MOGI GUAÇU, 01 DE NOVEMBRO DE 2011



Oi pequena, tudo bem?

Sabe, parei pra pensar na data de hoje, e me veio você, e nada mais. Me veio junto muito mais muito amor sabe, e eu quiz entender porque amor dói tanto... Não consegui. Há alguns dias que tento te visitar e na recepção eles me barram, me afirmaram que você não esta bem, e que anda engolindo amor, e socando, e não contando nem para os médicos aonde dói mais, cuspiu alguns rémedios, e disse que não queria visitas, se te contrariassem iria embora, pra sempre mesmo... não me deixaram entrar. Ontem, depois de algumas insistencias, acho que te contaram de mim, e você me deixou aquela carta sabe? Aquela que você contava dele, com toda aquela fé de antes, e com todo os remédios bebidos com whiski, quase que arrebentei a porca do seu quarto, mas um dia te disse que as bebidas mais fortes me amenizavam então resolvi te deixar assim, anestesiada de amor.

É, eu não queria que essas lágrimas estivessem rolando, nem ai desse lado, nem aqui, mas tenho mesmo a convicção de que um dia seca, e seca de vez, e que nesse dia haja alguém tipo jardineiro, sem bebidas fortes, nem anestesiantes, que regue até ver algum broto, alguma esperança, e que não desista nunca disso... Porque a gente vale a pena, lembra?

Eu iria ai pegar tuas bagagens e te ajudar a carrega-las, mas lembrei de que já deixamos elas em qualquer uma das estações que passamos, sem bagagens mas com um sentimento inteiro.

Esses dias, eu quase que me tomei, quase que enxarquei o mundo, mas eu ouvi um gritinho, daqueles bonitinhos, e vi um anjo, olhei bem nos fundos dos olhos dela, e descobri o amor mais bonito e contei pra ela de você, tentando amenizar as dores pedi para que ela não se esquecesse de mandar os recados lá pra cima... e ela me deu um sorriso enorme e me pediu pra aprender, não... não me pediu para desgostar, me pediu para ver o impossivel do outro lado.

Acho que estendi demais as palavras, mas toda vez que penso em você, as coisas são extensas assim...



P.S.Estou em uma nova estação ( mas permaneço na recepção ), e apesar de estar cansada de me embriagar de saudade e de todas as minhas idas, estou achando bonito os lugares que ando visitando, as pessoas que andam viajando comigo, e acho até bonito as pessoas que me servem café quente e acreditam que o quente ameniza ao invez de queimar.


Beijos, beijos... da sua amiga Alice.

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