quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Eu até que gosto, bem lá no fundo, quando você me aparece do nada e me rouba tudo… Todos os dias contatos no calendário sem você, todos os dias que venci, cada segundo, cada música que eu troquei para não trocar mensagens, o álcool que evitei, a música que não dancei e as vezes que não usei a calculadora para não lembrar como somávamos bem… Então você vem e desmancha todo o plano e me faz retornar a estaca zero deixando ali estampado em minha cara no acostamento da pista como meu mundo parou desde o dia e que você foi embora e como seu mundo para toda vez que a gente se encontra, para no acostamento, para no meio do copo, para tudo na fila do Mc, para em frente ao espelho e para a velocidade para que o tempo passe mais devagar e por conta disso a gente se entrega por olhar e vemos claramente os nossos corpos se declarando, sem palavras, com as luzes do carro e com o desespero de fugir ali, fácil, simples, e daquele momento em diante ser só nós e mais ninguém… Mas ai vem todo o relógio ao redor que nos puxa pra realidade, tentamos acordar de alguma maneira e depois de alguns carros retomamos ao mundo, ao frio, ao tempo que nos rouba e nos devolve com uma frequência inacreditável…
Theory of life

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