quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Eu queria poder te contar da confusão que há aqui dentro, mas seria mais fácil eu acender um cigarro, mesmo eu não fumando. Naquele dia eu engoli algumas cervejas, geladas. Traguei você e e alguns cigarros… como se eu fumasse, e então comecei a fumar. Claro que nada profissional como um fumante, cheio de especificações, cor, sabor, jeito e afins. Como se o cigarro fosse eu, como se o cigarro suprisse você e deixasse seu gosto.
Tenho medo de coisas que me atraem, tenho medo das afinidades e ao mesmo tempo eu bato na tecla em que consta que qualquer pessoa pode gostar de cerveja, fumar cigarro, amar truco e querer escrever, então deixa de ser afinidade e vira clichê, cheio de desculpas mal contatas. Assim eu me lembro do cigarro que eu não deveria ter tragado e da abstinência que eu sinto quando sufoca tudo aqui dentro até ficar ciente de que não há nada aqui dentro além de um cobertor, alguns livros e uma armadura, que me impede o tempo todo de me queimar, mas não de sentir o calor do fogo.
Quase desisto por segundos de continuar o texto, alguns textos são desnecessários, mas há dias que pensar demais me deixa com um nó de marinheiro na garganta, e nós de marinheiros são como eu, não há marinheiro que não queira desatar …
Theory of life

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