segunda-feira, 26 de julho de 2010

eu senti o vento mudando de direção, eu senti medo, eu percebi que estava sozinha. Por minha causa eu estava sozinha e esperando por alguém que não me queria mais. Eu resolvi pegar outro caminho, e fui atraz de alguém que não deveria estar muito longe, afinal, ele um dia me prometeu nunca me deixar, eu sentei, e derramei algumas lágrimas, e então eu senti um abraço forte e ouvi uma voz dizendo:
- eu fui apenas tomar uma água, o que aconteceu?
- Achei que você não iria mais voltar!
Ele sorriu como se eu tivesse contando uma piada, algo sem nexo, algo que seria impossivel. Me abraçou bem forte, enchugou as minhas lágrimas e me olhou em silêncio. Segurou a minha mão, e começamos a caminhar. O tempo foi abrindo, e eu sentia que não era o mesmo vento, o medo havia passado, não havia mais frio. Eu fechei meus olhos, e comecei a lembrar de todos os caminhos, e eu consegui sorrir, de uma maneira que há muito tempo eu não sorria, e quando abri meus olhos ele estava sorrindo também, como se adimirasse o meu sorriso, como se desejasse isso a muito tempo, como se aquele sorriso fosse o motivo de toda a luta, eu perguntei o que você estava pensando, ele apenas sorria, e eu correspondia com aquele sorriso, que eu precisava, naturalmente. E derrepente eu consegui descobrir o que ele estava pensando, ou melhor, eu percebi o que ele estava fazendo, porque eu senti a necessidade de fazer igual,eu senti que eu precisava ficar em silêncio, para gravar cada momento, exatamente como ele estava fazendo, gravar pra quando o medo me pegasse em meu quarto escuro, pra quando as lembranças que não deviam estar comigo viessem, e pra quando as lágrimas caissem, eu apertasse play, e lembrasse da sua proteção, do seu calor, do seu carinho.

Um comentário:

  1. ha mt tempo que nao consigo me sentir segura assim, e só esse texto me fez perceber como isso faz falta.. mt bonito tha!

    ResponderExcluir