segunda-feira, 27 de abril de 2015

Eu morro de medo disso tudo acabar. E toda vez que paro pra pensar nisso eu me pergunto milhões de vezes porque eu entrei nessa. E então percebo que quando notei já não havia saída. Toda noite que eu acordo ao seu lado, eu peço pra Deus baixinho que se for pra te tirar de mim que me avise bem devagarinho, para que haja alguma maneira de levantar, mais uma vez. Afinal até hoje não sei o por que “eu”, milhões e milhões de pessoas no mundo te merecia, por que justo eu? Cheia de estragos, cicatrizes e marcas, logo eu com diversas manias e o dom de errar, eu que travei passagens para que ninguém mais entrasse, mesmo que alguém conseguisse o primeiro degrau, dali não saia, dali tacava pedra no teto de vidro, quebrava algo que estava meio torto, e eu levantava pra consertar, apenas consertar sem gritos. Só soluços e lágrimas. Logo eu cheia de ‘não’, te dei meu sim. Você reascendeu onde nem havia mais cinzas, me fez acreditar em todos os contos impossíveis, me fez crer que ainda há alguma saída e que mesmo com todas as portas abertas, eu permaneço. Permaneço implorando pra que o passado seja apenas aprendizado, que ela não ligue, que ele não volte, que nada faça com que você dê passos pra traz, que você não canse, que eu não seja mais chata do que você já mostrou suportar, que eu saiba te conquistar a cada dia, e que nada nos faça desistir da gente. Que droga, aqui estou eu de novo com milhões de palavras, sonhos e desejos, e acho que você nem imaginaria o estrago que faria se fosse embora, nem imagina como seria condenado a ser mais um que nomeou os cacos do chão, nem imagina pra onde eu iria… Por fim, nem eu.
Theory of life

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