segunda-feira, 27 de abril de 2015

Se você soubesse o bem que me faz, acho que me deixaria por medo de um dia me deixar.
Eu não sei porque razão deixei a porta aberta, faz anos que alguém não olha as estrelas do meu quarto tão intensamente. Eu não sei por qual motivo, insiti mais uma vez, como quem não desistiu nenhuma. Eu não sei em que momento deixei que você permancesse, mas você esta aqui.
Esta aqui nos dias nublados e nos dias de sol. Já aturou metade da minha chaticesse e anda me desbancando em meio ao caos. Quem te ensinou a me domar? Diante de dias entediantes você sussurra que precisa da minha paciência, cara nessa altura do campeonato você tem noção do que é paciência? Eu quase te pedindo pra ficar, eu quase te pedindo pra remar mais um pouco, e você chega assim, como se eu tivesse direito de perder a paciência com você. 
Jura que não entende nenhum pouco disso? Não entende que não há possibilidade e que dentre todos os motivos que eu tenho pra ir embora não prevalece nenhum… Jura que não sabe que quem deveria estar lutando sou eu? Quem deveria estar pedindo um pouquinho mais de paciência… Eu vivo prestes a abandonar o barco, já joguei o remo fora, e quando olhei pro lado, tinha um lugar aconchegante que você fez para deixar a maré nos levar. Sem remo diante das tempestades.

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